PORTUGUÊS PROF: LUCIVANE 8°A e 8°B - 28/05
PORTUGUÊS 8°ANOS - 28/05
PROFESSORA: LUCIVANE
ATIVIDADE PODE SER IMPRESSA.
EXPLICAÇÃO
CRÔNICA
Provavelmente você já tenha estudado o gênero textual CRÔNICAS em anos anteriores, mas como ele
é um gênero muito importante, vamos agora relembrar o que foi estudado.
O que são crônicas?
As crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do
cotidiano e, geralmente, estão relacionadas ao contexto em que são produzidas, por
isso, com o passar do tempo elas perdem sua “validade”, ou seja, ficam fora do
contexto. Geralmente, elas são produzidas para meios de comunicação, como,
jornais, revistas, etc. Seus temas, em
geral, são ligados à vida cotidiana urbana. Embora não seja uma regra, as
crônicas costumam tratar de assuntos mais leves e de um modo
humorístico.
Elementos importantes das crônicas
A linguagem da crônica costuma
ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro, cada
cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a
esse gênero são os mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero nascido na cidade, é comum que tudo que
ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma de crônica.
Principais Caraterísticas das crônicas
· Narrativa
curta
· Linguagem
simples e coloquial
· Poucos
personagens, se houver
· Espaço
reduzido
· Acontecimentos
urbanos e cotidianos
Tipos de Crônicas
Há diversos
tipos de crônicas, desde as apenas narrativas, passando pelas
crônicas jornalísticas até as crônicas poéticas, que flertam com
o literário. Inclusive, alguns grandes escritores brasileiros, como Machado de Assis, Lima Barreto ou Clarice Lispector.
Entre os diversos tipos de crônicas existentes, podemos destacar:
·
Crônica
narrativa: A crônica narrativa é aquela
que contém apenas elementos da narração em sua
estrutura, ou seja, que
apresenta personagens, tempo, espaço e enredo. Nessas
crônicas, não há longos trechos reflexivos ou argumentativos, como é comum
naquelas publicadas em jornais. O assunto da crônica narrativa é, via de regra,
um tema vinculado ao cotidiano das cidades.
·
Crônica
jornalística: A crônica jornalística pode ser caracterizada como um gênero
que mistura fragmentos narrativos – em geral, pequenos fatos
cotidianos são contados para, em seguida, promover-se uma reflexão sobre eles –
e trechos mais longos de reflexão e argumentação sobre o fato narrado. Por
ser publicada em jornais, é esperado que o tema da crônica jornalística seja de
interesse de um grupo social e não apenas do próprio cronista. Normalmente, os
principais acontecimentos do dia ou da semana anterior são os assuntos
redigidos nas crônicas jornalísticas.
·
Crônica
humorística: Uma das marcas das crônicas narrativas e jornalísticas é, em
geral, ter um enfoque humorístico acerca das cenas e
acontecimentos cotidianos. Para atingir esse grau de comédia, cada cronista
adota um estilo particular – há aqueles que usam da ironia para
marcar sua linguagem, há outros que abordam assuntos cômicos por
natureza, ou ainda os cronistas que constroem discursos
engraçados por meio de associações inusitadas. Quanto mais original e
criativa, melhor será a crônica.
Para ampliar o seu conhecimento sobre crônicas, se for possível, assista
ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=uuiJ16tl3Bo
Atividades para ampliação dos conhecimentos
sobre o gênero em estudo
Texto 1 (NÃO COPIAR O TEXTO)
O labirinto dos manuais
Walcyr Carrasco
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo,
pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco.
Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o
manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já
na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a
roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um
labirinto de instruções! Trabalho sempre com um antigo exemplar da Bíblia na
mesa. Examinei. O Gênesis, que descreve toda a criação do mundo, ocupa
cinqüenta páginas. O manual do celular, 49!
Nas semanas seguintes, tentei abaixar o som da
campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me
chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de
incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
– Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de
curioso.
Teclei. Dali a pouco apaguei vários endereços. Insisti. O
aparelho entrou em alguma outra função para a qual não estava habilitado.
Finalmente, descobri. Está no vibracall há meses! O único problema é que não
consigo botar a campainha de volta!
Muita gente pensará: “Que asno!”. Tenho argumentos para me
defender. Entre meus amigos, fui o primeiro a comprar computador. Era uma
tralha, que exigia códigos para tudo. Para achar o cê-cedilha, os dedos da mão
tinham de dançar rock pauleira, tantas eram as teclas para apertar de uma só
vez. Tinha de formatar os disquetes de memória! Aprendi tudo por mim mesmo.
Foi a mesma coisa quando adquiri meu videocassete. Instalei e
aprendi a gravar. Só sofri na hora de programar pela primeira vez. Agora não
consigo mais executar uma simples programação, tantas são as complicações. Pior
ainda é o DVD que grava. Com a TV por assinatura, mais os canais abertos, nunca
dá certo! Soube de gente que está cobrando para botar músicas em iPod, tal o
número de pessoas que naufragam nas instruções. Tenho dois amigos que sonharam
com aparelhos de MP3. Cada um conseguiu o seu. Outro dia perguntei a um deles se
estava aproveitando.
– Eu ainda não tive tempo de mexer… – confessou Bob, sem
jeito.
Estou de computador novo. Já veio com o Vista, a última
coqueluche da Microsoft. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um
livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e
colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que
adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20,
minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de
chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microondas ficou
difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua própria tecla.
Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse… E o fax com
secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava
as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar,
e de novo no primeiro! Outro dia a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a
mensagem. A secretária disparou todas, desde o início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo isso parece muito
simples. Mas o mundo é para todos, não? Talvez alguém dê aulas para entender
manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente
necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba
fazendo!
Leia o texto 1 para
responder às questões de números 1 a 5.
1 -Pelos comentários feitos pelo
narrador, pode-se concluir corretamente que
(A) ( ) a leitura de obras-primas da literatura é
atividade mais produtiva do que utilizar celulares e computadores.
(B) ( ) os manuais cujas diversas
instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática são
improdutivos.
(C) ( ) a vendedora foi
convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das qualidades
prometidas pelo aparelho.
(D) ( ) o manual sobre
computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa assumida nos
dizeres impressos na capa.
2 - Analise as afirmações sobre trechos do texto e
assinale a correta.
(A) ( ) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. – o
verbo haver indica tempo decorrido e pode ser substituído,
corretamente, por Fazem.
(B) ( ) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia
e-mails e até servia para
telefonar. – o termo em destaque expressa a ideia de exclusão.
(C) ( ) Em – Virou um labirinto de instruções! – o termo em destaque foi empregado
em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.
(D) ( ) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. – o termo em
destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do
texto, por limitada.
3 - No trecho “Do
que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?” Observe que o
cronista empregou um pronome para evitar a repetição de palavras. Tendo por
referência a gramática normativa, assinale a alternativa em que os pronomes
substituem, corretamente, as expressões em destaque no trecho: Tentei
ouvir as mensagens. A
secretária eletrônica disparou todas
as mensagens, desde o início do ano!
(A) ( ) ouvi-las ...
disparou-as
(B) ( ) ouvi-las ...
disparou-lhes
(C) ( ) ouvir-las ...
disparou-as
(D) ( ) ouvir-lhes
... disparou-as
4 - Entre as características que definem uma crônica,
estão presentes no texto de Walcyr Carrasco:
(A) a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.
(B) a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do
discurso direto.
(C) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem
de fatos do cotidiano.
(D) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita
ao passado do autor.
Disponível em: http://veredasdalingua.blogspot.com/2016/02/fatec-2012-2-semestre-prova-de-lingua.html Acesso: 04, mai. 2020. (Adaptadas)
5- A coesão sequencial é responsável por criar as condições para
a progressão textual e ocorre por meio de conjunções e articuladores
textuais. Indique a relação semântica estabelecida pelo conectivo em destaque,
no trecho “Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microondas ficou
difícil.”
(A)
( ) a expressão
”mas” marca uma sequenciação de ideias.
(B)
( ) o conectivo
“mas” inicia oração que exprime ideia de contraste.
(C)
( ) o termo “mas”
introduz uma generalização.
(D)
( ) o termo “mas”
exprime uma justificativa.
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